Nesta sexta-feira (1º), o Instituto de Menores Dom Antônio Zattera (Imdaz) recebeu uma importante ajuda para o combate à pobreza menstrual. Através da contrapartida social do projeto de restauro da capela da Beneficência Portuguesa, financiado pela Lei de Incentivo à Cultura (LIC), 200 kits com absorventes foram entregues ao Instituto, que atende diretamente 320 crianças e adolescentes. Ao todo, o projeto organizou 1,3 mil kits a serem distribuídos em diferentes instituições.

A diretora do Imdaz, Patrícia Frank, conta que a dificuldade em manter os cuidados básicos durante a menstruação é uma realidade vivida pelas meninas atendidas na instituição. "É um problema recorrente, já que lidamos com meninas em vulnerabilidade social, que não tem condição de ter uma boa higiene, comprar absorventes ou sabonete íntimo", observa. Além de ser uma forma de botar em prática a importância da higiene, a ajuda também chega em boa hora para o instituto. "A gente gosta muito de trabalhar esse lado com eles, da importância da higiene, então poder garantir esses produtos é uma grande ajuda. O Instituto está com bastante dificuldade, não sei se a partir de outubro a gente não vai precisar diminuir um pouco o número de atendidos", comenta.

O projeto é liderado pela produtora Santa Fé, que trabalha com leis de incentivo social, à cultura e ao esporte. Além da entrega ao Imdaz, também foi realizada uma distribuição de kits para famílias em vulnerabilidade durante a Semana Municipal da Pessoa com Deficiência, e outros ainda serão doados para o setor de assistência social da Beneficência, para escolas municipais e para a Comunidade Evangélica Emanuel do Sítio Floresta, da IECLB.

Divulgação aliada ao social
Além da entrega dos kits com absorventes, a doação de outros 90 kits de lençóis para a própria Beneficência, estampados com a identidade visual do projeto de restauro, também compõe a contrapartida social da reforma da capela. "Essas duas contrapartidas sociais também foram transformadas em itens de divulgação. São kits de combate à pobreza menstrual dentro de uma sacolinha do projeto, como se fosse uma camiseta ou boné, explica a produtora cultural Josiele Castro.

A ideia da ação, segundo ela, vai além de apenas cumprir os requisitos do projeto da LIC/RS. "A mensagem que a gente busca não é simplesmente entregar e dizer que é social. Por ser um hospital, que atende SUS, faz sentido que um dos itens de divulgação do projeto sejam os lençóis, por exemplo", observa Josiele. O projeto contou, ainda, com apoio das empresas Biri Refrigerantes, Irmãos Jouglard e Josapar Alimentos.